alexmol Escreveu: ↑30 dez 2020, 18:21
Parece-me claramente dirigido à Tesla e Continente que são as redes favoritas dos consumidores mas alvos a abater pelos players integrados na Mobi.E.
Não é alvos abater, claro que não. Mas vão ter de se adaptar a um mercado regulado como todas as outras empresas.
Qual seria a resposta do Continente se uma outra empresa fosse vender sacos de plástico com comida na entrada das suas lojas? E se essa empresa não tivesse nenhuma licença e não estivesse a cumprir com as regras do comércio, que eles já cumprem?
A Tesla, tem soluções em cima da mesa para o problema deles — que nem CAE nem nada para vender ao kWh... O Continente acredito que o provider deles resolve bem.
É muito engraçado, quando eles dizem ser uma rede de estacionamento que acontece por acaso ter carregadores, quando na verdade só dizem isso nos termos e em comunicações (prováveis) dos seus advogados... Depois vamos ver notícias da UVE e outros meios e já são redes de carregamento, que não cumprem a legislação para ser uma rede de carregamento.
Isto é, obviamente, e seria estranho não acontecer, necessário uma resposta do regulador e ou da entidade fiscalizadora.
O que impede os outros operadores saírem da Mobi.e e fazerem uso da miio apenas, por exemplo? Não é válido para uns mas é válidos para outros?
O Continente fez uso da sua marca e do grupo Sonae para ver o que acontecia, se isto fosse para a frente o cenário que íamos ter, seria semelhante em relação ao resto da Europa, a nível de desorganização.
Acham que é fácil fazer roaming com instituições tão grandes como a Sonae, EDP etc? Vejam o roaming que há em Espanha, o tempo que demora fazer um acordo, as entraves que existem, etc
Não haver roaming, é péssimo pra o consumidor final, impede a inovação e a implementação de novos sistemas de carregamento, presentes até no próprio carro. O roaming tem de estar presente na lei, para impedir o favorecimento dos grandes grupos.
Ainda bem que em Portugal, o regulador e o fiscalizador não está a submeter-se aos interesses dos grandes grupos económicos.
Bom ano elétrico para todos!