BMW: "a indústria dos carros está a chegar ao fim..."

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AndreC
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BMW: "a indústria dos carros está a chegar ao fim..."

Mensagem por AndreC » 22 nov 2016, 11:03

Florença foi a cidade escolhida pela BMW para realizar um simpósio sobre o futuro da mobilidade com especial ênfase no design. Um cenário muito adequado considerando que esta cidade de ruas estreitas foi berço do Renascimento, época em que se conheceram grandes avanços na arte e na ciência. Vários estudos apontam para que estejamos a viver o início de um outro período revolucionário, desta vez nos transportes, com a chegada anunciada da condução autónoma e a cada vez maior popularização dos veículos elétricos e de plataformas de partilha. «É sempre muito difícil antecipar o futuro», confessou Alexander Kotouc à Exame Informática. No entanto, o responsável pela gestão de produto da divisão “i” da marca bávara aponta algumas tendências: «já não há dúvidas que os carros do futuro vão ser elétricos e capazes de algum nível de condução autónoma», adicionando «e vai acontecer mais depressa do que muitos possam pensar».

Mais bateria: as pessoas não precisam, mas querem

Apesar de algumas notícias indicarem que a BMW está a levantar o pé do acelerador no que toca a veículos elétricos, Kotouc garante que a divisão “i” está de boa saúde: «É verdade que as vendas do i3 e i8 são muito baixas quando comparadas com os outros modelos da marca, mas a nossa quota de mercado nos automóveis elétricos é de 11,5% na Europa, mais do dobro da nossa quota de mercado nos veículos de combustão. Ainda mais importante, 80% dos clientes que compra o i3 nunca tinham comprado um BMW, o que significa que estamos a conseguir chegar a mais pessoas».

O mais recente BMW i3 tem uma bateria com mais 50% da capacidade que a primeira versão, o que permite uma autonomia máxima, segundo o ciclo NEDC, de 300 km. Kotouc admite que «quando lançámos o i3, um carro que foi criado para responder às necessidades das megacidades, subestimámos o efeito da ansiedade da autonomia», acrescentado «apesar de a esmagadora maioria das pessoas fazerem menos de 50 km diários, estamos habituados a conduzir carros com autonomia de 600 km e, quando a autonomia é de cerca de 80 km, vamos a uma bomba encher o depósito em poucos minutos. É preciso mudar a nossa mentalidade. Eu, por exemplo, conduzo diariamente um carro elétrico e posso dizer, sem margem para dúvidas, que poupo tempo porque nunca vou a bombas. Para mim já é natural chegar a casa ou o trabalho e colocar o carro à carga. Quando fazemos esse “clique”, deixamos de sofrer de qualquer ansiedade relacionada com a autonomia. De qualquer modo, agora com uma autonomia real de 200 km, que pode chegar aos 300 km, o efeito psicológico da autonomia é muito diminuído».

Na apresentação à imprensa, Alexander Kotouc esclareceu que a BMW criou a divisão “i” porque os testes que tinham sido feitos adaptando modelos Mini e Série 1 demonstraram que, «para atingir os resultados de excelência em termos de dinâmica e eficiência a que a BMW nos habituou era necessário criar carros de raiz». De acordo com informações da marca e alguns testes independentes, o i3 é o veículo elétrico com melhor relação desempenho/consumo do mercado, ou seja, aquele que melhores prestações oferece consumindo menos energia. A marca garante ainda que este é o carro com um impacto ambiental total mais baixo da indústria, já que é produzido em fábricas alimentadas por energia renováveis e recorre a materiais sustentáveis e, em muitos casos, inovadores. «Todo o projeto “i” foi desenvolvido para garantir o menor impacto ambiental, não apenas durante a utilização do carro, mas desde que é produzido até ao momento que é retirado da estrada», garante Alexander Kotouc.

No entanto, apesar de anunciar as vantagens de criar uma plataforma exclusiva para os elétricos, a BMW aproveitou o simpósio para confirmar que vai lançar um Mini elétrico em 2018, seguindo por um X3 elétrico em 2019. No início da próxima década será lançado o i Next, um carro maior e com mais autonomia do que o i3 e que já vai incluir funcionalidades de condução autónoma. Mas a eletrificação dos veículos já se está em marcha com os híbridos plug-in. Neste campo, é de esperar novidades no novo Série 5 que vai ser apresentado brevemente.

Conectividade em alta

Os serviços digitais são uma das maiores apostas da BMW, que tem vindo a desenvolver as funcionalidades das aplicações que comunicam com os carros da marca. A app disponível para Android e iOS permite verificar remotamente uma série de parâmetros e, ainda mais interessante, mostra no mapa a distância permitida pela autonomia do i3. Não se trata apenas de um típico ciclo construído utilizando a autonomia como raio, mas sim de um mapa que considera as estradas. Mais interessante ainda, a app é capaz de “falar” com outras apps para permitir informação útil, como alertar o utilizador quando deve iniciar viagem para chegar a tempo de um evento registado na agenda – o sistema leva em considerado o estado do trânsito.

Novos meios de transporte

Carl Friedrich Eckhardt, líder do centro de competências para a mobilidade urbana da BMW, considera que é bem possível que as novas gerações não estejam interessadas em adquirir carros próprios, mas garante que a marca «está a trabalhar em novos serviços que possam complementar o carro próprio e oferecer novos meios de mobilidade».

O futuro, segundo Eckhardt, vai trazer uma «grande variedade de veículos» e que «vão surgir cada vez mais propostas que ficam situadas entre o carro privado e os transportes públicos, como serviços de partilha, aluguer e, sobretudo, de boleias». E Alexander Kotouc reforçou esta opinião com uma frase polémica «a indústria dos carros está a chegar ao para dar lugar a uma verdadeira indústria automóvel».

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Re: BMW: "a indústria dos carros está a chegar ao fim..."

Mensagem por Ricardo » 13 dez 2017, 12:55

Gostei do artigo. Não percebi o titulo. A industria dos carros está a chegar ao fim e depois toca a falar de carros. E porque é que está a chegar ao fim? Outra vez esta história do car sharing? Hey, guess what. Vocês já podem fazer car sharing hoje, agora, neste momento. E quem quer saber? Quer dizer, agora recusamo-nos a partilhar o carro mesmo que isso nos dê acesso à faixa de autocarros, comboios e à pista de bicicletas e de repente, só porque substituímos um condutor por um carro que é autónomo, palavra tão chique, já toda a gente quer partilhar o carro? LOL. E depois as horas de ponta? Vamos pôr toda a gente a iniciar o trabalho a horas distintas? Isso é que era. Mandem aí um Uber aqui para a minha quinta, pode apetecer-me sair hoje à noite lol.

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