Miio vs outros CEMEs

Toda a discussão relativa a Pontos de Carregamento também conhecidos por EVSE (Electric Vehicle Supply Equipment) vem para aqui.
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rnlcarlov
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por rnlcarlov » 01 ago 2022, 22:08

alexmol Escreveu:
01 ago 2022, 20:12
Que mais EMSP's permitem carregar na Europa e em Portugal ?
Kia?

Nerusonu
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por Nerusonu » 01 ago 2022, 22:18

rnlcarlov Escreveu:
01 ago 2022, 22:08
alexmol Escreveu:
01 ago 2022, 20:12
Que mais EMSP's permitem carregar na Europa e em Portugal ?
Kia?
Neste caso a Digital Charging Solutions. São os mesmos que fornecem isso à Kia, BMW, Audi e mais alguns

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BrunoAlves
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por BrunoAlves » 01 ago 2022, 23:21

Não são um EMSP em Portugal. Desculpem mas não são.
São um CEME, que regista na BD da EGME TODOS os cartões/dados de acesso dos seus clientes europeus.
Não é assim que funcionam os EMSP, digamos... No mundo :mrgreen:
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por Nonnus » 02 ago 2022, 00:21

Acho que a pergunta que se deve fazer a miio é o quanto é difícil recolher essa informação em tempo real dos carregadores de outros países sem o uso de uma EGME ao estilo português?

Em discussões anteriores tantas vezes se falou na necessidade da mobi.e para mostrar a mais valia da mesma para este fim, e não sei como a miio consegue apresentar carregadores espanhóis e franceses🤔
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por BrunoAlves » 02 ago 2022, 00:25

Até vou "colar" aqui o que disse há pouco noutra freguesia
Esta entrada da Miio em França mostra bem a falência do modelo português. Milhões e milhões do erário público, protocolos proprietários, reinvenção da roda, a última bolacha do pacote.
Chega uma pequena empresa portuguesa ao mercado francês, pufffffff acesso a 50.000 postos. Lá se foi o cartão único 🤷‍♂

Andamos há anos a ouvir "Espanha, Espanha" para justificar o modelo. Afinal chega-se a um mercado mais maduro e bem se vê que a interoperabilidade existe e bem. 50.000 postos online, preços conhecidos, estado e disponibilidade, tudo o que parecem fazer crer que só há cá.
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por t3lmo » 02 ago 2022, 09:55

A Miio só chegou a +300 postos em Espanha (e +3000 em breve) e os +50.000 em França porque se ligou a uma única entidade: Gireve.
Da mesma forma que os eMSP europeus acedem aos +2600 postos em Portugal porque se ligaram na EGME nacional.
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por rimsilva » 02 ago 2022, 14:55

Nonnus Escreveu:
02 ago 2022, 00:21
Acho que a pergunta que se deve fazer a miio é o quanto é difícil recolher essa informação em tempo real dos carregadores de outros países sem o uso de uma EGME ao estilo português?

Em discussões anteriores tantas vezes se falou na necessidade da mobi.e para mostrar a mais valia da mesma para este fim, e não sei como a miio consegue apresentar carregadores espanhóis e franceses🤔
Pois é, há muita gente que quer passar essa ideia de que lá fora são todos uns "atrasados" e afinal quando se vai a ver até estão bem, mesmo tendo seguido uma estratégia diferente da nossa.
Apesar de termos começado muito bem, com uma rede nacional e de tudo parecer muito simples, a realidade é que a nossa "fixação" em querer controlar tudo, baseada numa burocracia incompreensivel, faz com que as coisas não sejam assim tão simples como parece, que o diga a Electromaps (1ª entidade o mais próximo de eMSP que mostrou interesse em intergrar a nossa rede).

Nós temos a informação toda "centralizada" há anos e mesmo assim vejam quantas empresas tecnológicas estrangeiras operam cá em Portugal - ZERO - Só agora em 2022 é que se começa a falar de cá para lá :lol: que exitação por este feito da miio (que em abono da verdade nem foi a 1ª empresa nacional a permitir carregamento fora de Portugal), que exitação WOW :lol:

Não tarde nada começam as conversas em "aspiral" de que o meu modelo é melhor que o teu e de quem copiou quem, se calhar até neste aspecto vão dizer que somos pioneiros, mesmo quando outros já o faziam lá fora, mas com bases diferentes.

Antes do aparecimento da GIREVE, já a DSC cobria a rede de carregamento em diversos países da Europa (negociava OPC a OPC, logo sem cobrir a rede do país a 100%), permitindo usar a sua aplicação para carregar.
Só em Portugal é que teve de se tornar CEME para oferecer o mesmo serviço que fornecia lá fora, para evitando que os clientes Portugueses fossem clientes de 2ª, mesmo que a app não pudesse ser usada e fosse substituida pelo cartão maravilha!

Mais recentemente entidades como a Gireve, estão a tornar a globalização muito mais simples, sem necessidade de EGME burocraticas que cheiram a mofo!
Em "meia duzia de segundos" a Girene permite que eMSP passam a disponibiliar nas suas plataformas carregamentos em diferentes países da Europa, de forma perfeita e a cobrir 100% dos postos? Claro que não, mas quem procura complicar já sabemos - ou melhor a mobi.e - sabe como vai terminar!
Fundamental é que aparecem mais e mais alternativas, de forma a que exista mais concorrência de forma a que o acesso a estes serviços sejam mais baratos.

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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por Nonnus » 02 ago 2022, 18:38

rimsilva Escreveu:
02 ago 2022, 14:55
Não tarde nada começam as conversas em "aspiral" de que o meu modelo é melhor que o teu e de quem copiou quem, se calhar até neste aspecto vão dizer que somos pioneiros, mesmo quando outros já o faziam lá fora, mas com bases diferentes.
Tinha ideia que até ai fomos pioneiros, a ver pelas muitas vezes que foi mencionado (até pela própria CEO da miio) que o nosso modelo é cobiçado lá fora.

rimsilva Escreveu:
02 ago 2022, 14:55
Só em Portugal é que teve de se tornar CEME para oferecer o mesmo serviço que fornecia lá fora, para evitando que os clientes Portugueses fossem clientes de 2ª, mesmo que a app não pudesse ser usada e fosse substituida pelo cartão maravilha!
Pois isto quase que dá uma história do tipo do capuchinho vermelho no caso da miio.

Era uma vez uma empresa muito pequenina, que queria ser uma empresa de software na mobilidade electrica, mas houve um lobo mau que lhe disse: - se queres entrar na ME tens de tornar CEME, e para ser CEME tens de ser OPC. A empresa pequenina para ser grande teve de se sujeitar a essas imposições, quando na realidade só queria vender fees na sua aplicação e tornar o acesso a ME mais simples para todos.

Que filme de terror que pode ser criar uma app em Portugal. :doh: Ao menos em Espanha e na França não há lobo mau.
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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por rimsilva » 03 ago 2022, 10:42

Nonnus Escreveu:
02 ago 2022, 18:38

Tinha ideia que até ai fomos pioneiros, a ver pelas muitas vezes que foi mencionado (até pela própria CEO da miio) que o nosso modelo é cobiçado lá fora.
:D

Naturalmente que tivemos algumas boas iniciativas em Portugal, já disse e defendi isso mesmo.

Só que, este deslumbramento de que "somos os maiores" e que toda a gente nos quer imitar, de não querer ouvir ninguém, tem sido prejudicial.

Ter todos os postos "mapeados" com info centralizada num local é inequivocamente algo fantástico, pelo menos para mim é, só que isso não chega, porque se depois só complicas com burocracias, "ninguém" vai querer saber de um país periferico e complicado.

Este é só mais um exemplo, de como as coisas estão a evoluir bem lá fora, mesmo sem a brilhante ideia de terem criado uma "rede publica".
Está ainda longe de ser perfeito (basta olhar para a cobertura de Espanha e França pela Gireve), mas a diferença está na vontade dos players estarem presentes nesta plataforma ao contrário daquilo que se passa em Portugal, que em vez de aproximar, só afasta os players (eu sei que a propaganda pró modelo esforça-se para mostrar o contrário, mas é tudo facchada) há vários exemplos, mas veja-se o que se passa lá fora com a Tesla e em Portugal.
Última edição por rimsilva em 03 ago 2022, 11:23, editado 1 vez no total.

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Re: Miio vs outros CEMEs

Mensagem por BrunoAlves » 03 ago 2022, 11:13

t3lmo Escreveu:
02 ago 2022, 09:55
A Miio só chegou a +300 postos em Espanha (e +3000 em breve) e os +50.000 em França porque se ligou a uma única entidade: Gireve.
Da mesma forma que os eMSP europeus acedem aos +2600 postos em Portugal porque se ligaram na EGME nacional.
Mas essa entidade não custou e continua a custar milhões ao erário público Francês e Espanhol. Essa entidade opera em vários países com a mesma plataforma, igual para toda a gente. Não é uma reinvenção da roda que existe cá em em mais lado nenhum.
Quando a Miio quiser (e lhe fizer sentido), passa ter acesso a mais milhares de postos noutro país, e noutro, e noutro. Qualquer CPO ou EMSP que queira trabalhar em Portugal tem de reinventar backoffices para ser compatível com o que se faz cá.

Até à data, os EMSP europeus não operam em Portugal "porque se ligaram na EGME nacional", porque não podem. Têm de ter um CEME do lado de cá, próprio ou em parceria. Para o fazerem têm de implementar a reinvenção da roda do lado deles. Não é assim que os EMSP trabalham e não é assim que a Miio teve acesso a 50.000 postos do dia para a noite: liga-se à GIREVE, tem acesso aos postos todos e cobra uma fee pelo serviço prestado. A operação do posto (que obviamente inclui o "sumo" que ele debita) continua a ser totalmente da responsabilidade do CPO.

Eu olho para o mapa da Miio em França e não vejo diferença nenhuma para o mapa de Portugal. Localização, disponibilidade, estado dos postos, tudo existe. O que também existe? Preços claros. E preços altos, preços baixos, postos que cobram por tempo, outros por energia, outros mistos...
O que esta integração fez, além da brutal mais valia prestada pela Miio (mais uma!) aos utilizadores, foi mostrar a realidade num mercado maduro e diverso. Andámos anos a ouvir "Espanha, Espanha" para justificar como na teoria o nosso modelo e a existência de uma EGME traziam vantagens únicas, afinal a realidade é que a maioria de nós nunca soube como é que funcionam mercados mais maduros e como tal resignámo-nos à realidade Espanhola que era a única que quem até sabe nos ia apresentando. Vai-se a ver e há um mundo lá fora.
Faltam alguns pormenores de regulação que o regulamento europeu prevê (nomeadamente tentar prevenir as taxas absurdas de alguns CPO como é normal em Espanha, bem como tornar obrigatório a adesão a plataformas de roaming - obrigatório é diferente de exclusivo), mas o que vejo é que nós continuamos agarrados a 2010 quando o modelo foi pensado, e lá fora o mercado e a evolução continuam a acontecer.

Curiosamente, apesar de ter um impacto muitíssimo maior, a Miio não foi a primeira empresa Portuguesa a fazer isto. A EVIO já permite acesso a muitos milhares de postos por essa Europa fora há pelo menos vários meses. A Miio tem o destaque que tem, naturalmente, porque é incontornável no nosso dia a dia.
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! :D

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