Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Toda a discussão relativa a Pontos de Carregamento também conhecidos por EVSE (Electric Vehicle Supply Equipment) vem para aqui.
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rnlcarlov
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rnlcarlov » 19 nov 2021, 00:12

BrunoAlves Escreveu:
19 nov 2021, 00:05
Numa solução 100% fornecida a renováveis (hipotética, não acho que seja possível acontecer, mas como exemplo académico), qual TAR? E porque é que um CEME tem alguma coisa a ver com isto, porque é que cobra aqui um cêntimo e porque é que eu tenho de pagar a energia a preço de mercado residencial?
O "preço de mercado residencial" é provocado precisamente pela TAR da ME. Logo uma solução que reduzisse a TAR poria a energia muito mais perto do custo da MT, cuja principal vantagem é ter TAR baixa. Agora como interligar esses fluxos todos é a pergunta chave. Uma coisa é certa, o preço final ficava mais ilusório ainda.

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BrunoAlves
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 19 nov 2021, 06:59

Isso não é exactamente verdade, no sentido em que somos conduzidos a preços tratados como se fosse a nossa casa.
Como já falámos, grandes consumidores têm preços muito diferentes e não andam com o preço horário do omie às costas. Não é só a TAR, é a forma como o preço final é construído e a capacidade de o grande consumidor tem de negociar os preços de forma diferente.
Os CEME são vendedores de energia do mercado residencial, quando a realidade do fornecimento é (e tem tudo para ser) outra. Daí que o continente venda energia ao preço "transformado" de 20cts/kWh e de certeza que ganha dinheiro. 20cts/kWh não chega para pagar ao CEME, no modelo.
Não só isso, no modelo há uma série de custos que estão integrados na TAR "descontada" da ME e que por isso não são cobrados aos OPC. Se com potência de pontas, reactiva, IVA (esse conceito estranho ao modelo...) e mais um par de botas a "minha" empresa pagou o kWh a 12,5cts, quanto é que poderia custar a energia num shopping que tivesse alguns destes custos subsidiados...

Edit: no exemplo teórico do 100% renovável, porque é que o preço da energia teria de estar relacionado fosse de que forma fosse com o mercado? Sendo produzida localmente, não viaja por linhas da distribuição, não vem do omie, é um investimento exclusivo do OPC, o que é que faz um CEME ali?
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! :D

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rnlcarlov » 19 nov 2021, 10:19

Andar com o preço horário da OMIE em CEME também é coisa recente, vinda da crise energética. Antes era tudo na base do preço fixo. Agora se por um lado ter CEME e OPC torna uma estrutura mais pesada para o cliente, na parte da energia um CEME também pode negociar os preços com que obtém energia. Se formos ver os preços que tinha a miio antes da crise, ou os da evio atuais, a energia sai a 0,11€/kWh com IVA. Falta aí é a TAR, que na ME é uma fatia bem jeitosa que faz disparar os preços. Se o modelo pudesse vir a integrar algures a produção junto ao próprio posto, isso também se poderia vir a traduzir numa poupança no custo de perdas na rede entre produção e consumo, que pode rondar os 15% nalguns cenários.

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por Nonnus » 19 nov 2021, 10:28

Mais uma acha para a fogueira.

O Jornalista Pedro Andersson do contas poupança depois de muitas pessoas lhe terem feito o apelo a sua intervenção junto da E-Redes no caso dos UPACs não terem acesso as leituras desde Agosto, questionou a E-Redes do porquê do problema.

Para quem tem Facebook pode ver aqui: https://www.facebook.com/groups/autocon ... 096098827/

Quem não tem deixo aqui a primeira pergunta que ele fez a E-redes e a resposta a mesma.
Há de facto algum problema com a comunicação de leituras por parte da E-REDES com as várias empresas que fornecem eletricidade a clientes que registaram a existência de painéis solares?

Uma legislação muito exigente, aliada a um aumento significativo do número de clientes que consomem a sua própria energia, autoconsumidores (nos últimos 11 meses registou-se um acréscimo de 80%), bem como de postos de carregamento de veículos elétricos (no mesmo período, mais de 46%), requereu uma alteração profunda dos sistemas para dar respostas a estas necessidades. A empresa tem vindo a adaptar-se e a realizar as mudanças requeridas, estando a trabalhar afincadamente para ultrapassar estes desafios, que provocaram alguns constrangimentos. Neste momento, a maior parte dos clientes com autoconsumo já têm a sua situação normalizada, incluindo o envio dos dados com contagem a cada 15 minutos (net metering) aos respetivos comercializadores.
Isto só vem mostrar que a ME tem de ter uma legislação própria e não muito exigente. Com isto de querer vender energia para a ME como se vende para casa pensado que tudo seria simples porque já estava tudo feito o resultado esta a vista.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 19 nov 2021, 10:41

rnlcarlov Escreveu:
19 nov 2021, 10:19
Se formos ver os preços que tinha a miio antes da crise, ou os da evio atuais, a energia sai a 0,11€/kWh com IVA. Falta aí (...)
Falta a TAR, falta a taxa diária de potência se for em BT ou taxas de potência várias se for em MT (que no modelo não se pagam, e mesmo assim o resultado final é caro), etc etc. Antes da subida de preços o que eu pagava ao CEME Miio eram 0,223€/kWh e era do mais barato que se encontrava. Esquecendo os custos de potência (que não se pagam no modelo), antes da crise energética não era difícil contratar a energia fora de vazio em casa a uns 18cts/kWh já com IVA. Actualmente pago tarifa simples exactamente a 18cts/kWh.
Ao passo que:
BrunoAlves Escreveu:
19 nov 2021, 06:59
(...)com potência de pontas, reactiva, IVA (esse conceito estranho ao modelo...) e mais um par de botas a "minha" empresa pagou o kWh a 12,5cts (...)
Com disse antes algures, o modelo põe-nos a pensar pequeno.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por mjr » 19 nov 2021, 11:00

A questão da TAR de MT já foi amplamente discutida com a ERSE e eles insistem que deve ser baseada na TAR do residencial, pois alegam que o consumidor final é o mesmo do mercado residencial. Se por um lado faz algum sentido, por outro cria uma distorção no mercado que urge corrigir.

Há dois grandes bottlenecks na colocação em serviço de PCVE, são a E-Redes e a DGEG. A E-Redes também coloca muitos problemas operacionais pois por vezes há muitas falhas nas leituras dos contadores deles. Nitidamente estas questões de leituras a 15m e tempo real não são a praia deles.

Para sistemas sem ligação à rede, o modelo na parte de separação CEME/OPC deixa de fazer sentido (sim Bruno, eu sei que para ti nunca faz sentido) e por isso deve ser criado um regime de exceção nesses casos, deixando de haver a parte CEME nessas situações, sendo criada uma pequena fee pelo serviço de cobrança e processamento das transações que o CEME realiza, algo transparente para o UVE que apenas pagaria a parte OPC. Se há realmente interesse por parte dos OPCs em sistemas off-grid já tenho as minhas dúvidas...
Nissan Leaf 40 Tekna preto, entregue em 30 de maio de 2018. 51400km em 2024-02-15
Nissan LEAF mk1 Preto, entregue em 7 de julho de 2011. 180000 km em 2023-12-22.
Tesla Model 3 LR preto entregue em 2019-03-06. 125000 km em 2023-12-22.
Sócio da associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, UVE: http://www.uve.pt

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 19 nov 2021, 11:17

mjr Escreveu:
19 nov 2021, 11:00
Se há realmente interesse por parte dos OPCs em sistemas off-grid já tenho as minhas dúvidas...
Sim, eu também acho que serve só como exemplo académico. Poderá ser possível compensar o consumo do local por exemplo num parque solar ou equivalente (ou seja gerar a energia que é consumida nos postos, noutro lado e de fontes renováveis, injectando-a na rede), mas não creio que faça sentido ter um conjunto de postos num determinado local e 2 campos de futebol de painéis solares mais um conjunto enorme de baterias. Além do investimento alarve, limita fortemente as localizações.
mjr Escreveu:
19 nov 2021, 11:00
o modelo na parte de separação CEME/OPC deixa de fazer sentido (sim Bruno, eu sei que para ti nunca faz sentido)
:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: E tenho razão :mrgreen: E ainda tenho esperança que o futuro me venha a dar razão ;) As redes privadas já o fazem, mas falta isto ser universal. E não me obrigar a pagar à MobiE, isso também é um ponto chave.
Haja a coragem de atacar a legislação obsoleta e castradora, em vez de continuar a construir subterfúgios para "encaixar" esta nova realidade nessa legislação ;)
Edit: o que me custa a perceber é como é que tanta gente faz força para justificar esses subterfúgios em vez de fazer força para incentivar a alteração da legislação, quando parece óbvio que o utilizador é o último elemento considerado neste modelo. Até analogias com ervilhas já li :mrgreen:

edit2:
mjr Escreveu:
19 nov 2021, 11:00
A questão da TAR de MT já foi amplamente discutida com a ERSE e eles insistem que deve ser baseada na TAR do residencial, pois alegam que o consumidor final é o mesmo do mercado residencial.
Quero lá saber do que diz a ERSE... Altere-se a legislação e a ERSE que se enrosque...
Do que julgo entender, a Tarifa de Acesso às Redes é o pagamento que o utilizador tem de fazer pelo transporte de energia até ao ponto de consumo. Havendo TAR (pagamos uma taxa para pagar uma infraestrutura que já pagámos maioritariamente em impostos, mas OK :roll: isso é outro assunto) faz todo o sentido que a TAR residencial seja mais elevada uma vez que há mais caminhos, mais PTs, etc etc.
Acho eu que o que deve contar é o ponto de entrega da energia, que é esse que afecta o caminho do fornecimento - logo a TAR, qual é a justificação para que isso tenha alguma coisa a ver com o cliente final? :doh:
Qual é a justificação para pagar TAR residencial no Mar Shopping?
Última edição por BrunoAlves em 19 nov 2021, 11:42, editado 2 vezes no total.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rnlcarlov » 19 nov 2021, 11:37

Nonnus Escreveu:
19 nov 2021, 10:28
O Jornalista Pedro Andersson do contas poupança depois de muitas pessoas lhe terem feito o apelo a sua intervenção junto da E-Redes no caso dos UPACs não terem acesso as leituras desde Agosto, questionou a E-Redes do porquê do problema.

Para quem tem Facebook pode ver aqui: https://www.facebook.com/groups/autocon ... 096098827/

Quem não tem deixo aqui a primeira pergunta que ele fez a E-redes e a resposta a mesma.
Há de facto algum problema com a comunicação de leituras por parte da E-REDES com as várias empresas que fornecem eletricidade a clientes que registaram a existência de painéis solares?

Uma legislação muito exigente, aliada a um aumento significativo do número de clientes que consomem a sua própria energia, autoconsumidores (nos últimos 11 meses registou-se um acréscimo de 80%), bem como de postos de carregamento de veículos elétricos (no mesmo período, mais de 46%), requereu uma alteração profunda dos sistemas para dar respostas a estas necessidades. A empresa tem vindo a adaptar-se e a realizar as mudanças requeridas, estando a trabalhar afincadamente para ultrapassar estes desafios, que provocaram alguns constrangimentos. Neste momento, a maior parte dos clientes com autoconsumo já têm a sua situação normalizada, incluindo o envio dos dados com contagem a cada 15 minutos (net metering) aos respetivos comercializadores.
Isto só vem mostrar que a ME tem de ter uma legislação própria e não muito exigente. Com isto de querer vender energia para a ME como se vende para casa pensado que tudo seria simples porque já estava tudo feito o resultado esta a vista.
Obrigado pela partilha, mas parte disso parece-me em conversa da E-redes: 99% dos clientes estão sem problemas e apenas 30% dos com autoconsumo estão a ser afectados?
Pois por aqui existem dois CPEs sem autoconsumo de 15min em que vieram estimativas nos últimos dois meses, em contadores inteligentes que enviam leituras automaticamente nos meses anteriores.
O problema é muito mais abrangente do que eles respondem aí, como aliás se vê nos comentários da publicação.

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 20 nov 2021, 02:48

Porque não quero poluir o tópico de anúncios da UVE, sugeria a todos ouvirem com atenção o vídeo presente neste "post"
https://www.uve.pt/page/como-carregar-o ... -a-mobi-e/
A mim, crítico confesso do modelo, da MobiE, do caminho da UVE (repito, ainda que o respeite, discordo), vejo aqui um exercício de publicidade bestial, ao nível do Superbowl da ME em Portugal :doh:
Parabéns ao Henrique porque consegue transformar um cogumelo podre no castelo da Disney. Pena que não dirija a energia noutro sentido, mas isso sou só eu...

Passagem 1 - aos 30s está o representante da MobiE a passar a batata ao Henrique. Destes 30s, 29 foram gastos pela apresentadora.
Bem em linha do que estamos habituados com a MobiE nestes anos todos, comunicação = 0. Palmas :clap:

Realço os pontos fortes, para mim:
- tentativa de empurrar o sucesso da ME venda de VE como relacionada com a oferta da rede
- "que a informação no posto de carregamento seja transparente e clara para os utilizadores". Então mas... começámos a pagar hoje, foi? Olha queres ver... :shock:
- os operadores e os cemes podem ser motivados a trazer mais inovação tecnológica (...). LOL. Desculpem, mas aos 40 anos tenho de escrever como as pitas. LOL é só o que me ocorre. Os próximos 30s deste comentário do Henrique são o que há no mundo há 10 anos, mas vá...
- "situações que vieram para a comunicação social (...) por qualquer razão que eu desconheço (...)". Referindo-se à situação clara do director da Turbo. Diz o representante da MobiE que "o CEME terá uma app, a app saberá qual é o carro que eu tenho, eu defino qual é o contrato de electricidade que eu tenho"............ Claro! Culpa do utilizador que não tem a app, que não aproveita "os desenvolvimentos tecnológicos que a MobiE fez blablablabla". Deusmalivre. Ter o preço final no posto como existe em todo o mundo é que não! Vamos lá que só faltam mais 19 minutos :doh:

Sobre o pagamento com CC que o Henrique experimentou lá fora. Cá? Ui, o modelo permite :lol:
Realço (e cito, para não dizerem que sou só eu):
"(...) claro e preciso, com um montante final em Euros - ou em libras - e pouco me interessa como utilizador o que é que está por trás".
Se isto não é qualquer coisa, é qualquer coisa mais. Podia continuar a citar, mas ouçam. Minuto 8:45.
Depois entra a verborreia da MobiE do "a rede permite desde que..." :roll:

Mais publicidade da MobiE em que "lancámos o concurso de hubs"... Não senhores. Lancei eu que pago os impostos que pagam isso tudo. Bastava a vontade política e isso acontecia, sem vos pagar 1 cêntimos. Mas vá, passemos à frente.

Depois, rede Tesla e Continente. Diz o Henrique que as redes privadas aliviam a rede pública. Bom politicamente correcto. a MobiE diz
- "a MobiE não conhece os problemas". Ora aí está algo que nem de perto nem de longe me surpreende :lol:
- "a MobiE está pronta para integrar todos os operadores que tenham postos de carregamento de acesso público". Diria eu "olá se não estão", então integrar a maior e mais fiável rede de carregamento do mundo no esquema do "cartão não autorizado" devia encher-vos de orgulho... Ainda faltam 10 minutos.
- diz o Henrique e aqui está o ponto fulcral (repita Henrique se faz favor!) -minuto 15:35 - "a partir do momento que estas redes se queiram integrar na rede pública, não há nenhum problema". Ora pois então. Boa noite e um queijo aqui se resume este exercício publicitário. Mas sejamos corajosos e continuemos... .
- a rede é universal. Ora bem, a 40cts por operação até eu era universal, até com cartão não autorizado.
- "como sabe até a ionity". Estranho que agora já não se fala no custo do carregamento e a escolha e quê... memória selectiva? se calhar.

A figura do DPC. Tudo correcto, menos a diferença de a empresa pagar ao CEME, enquanto na realidade o custo poderá (e deverá) ter sido o bi-horário económico do funcionário, mais uma vez um custo totalmente desproporcional entre a energia paga e o seu custo na origem. Não foi abordado, go figure

Pontos de carregamento com geração off-grid, local. Questões "do ponto de vista regulamentar". Ora se isto fosse igual em todo o mundo ehehehe.

No resumo, na minha opinião foi mais um excelente exercício de publicidade à MobiE e à rede pública, com o alto patrocínio da UVE. Nenhuma questão forte, nada que não se possa atribuir com razão a quem critica o modelo. Só "amen".
Tentei que o meu desdém pela MobiE e o modelo não toldasse a análise deste exercício de publicidade em demasia. Mesmo com o patrocínio da UVE acho que o Henrique esteve bem. A participação da MobiE foi em linha com o que temos conhecido: nula. De certeza que as falhas do microfone foram causadas pela senhora da limpeza: não deu "cartão nao autorizado" porque o RME imputa essa responsabilidade ao OPM (Operador de Posto de Microfone) :lol:
Última edição por BrunoAlves em 20 nov 2021, 09:48, editado 1 vez no total.
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JLMF
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por JLMF » 20 nov 2021, 11:00

:clap: :clap: :clap:

Muito bom post.

Esta cumplicidade entre uma associação de utilizadores e o gestor público de um serviço será concerteza objeto de estudo, na área comportamental e outras, confirma-me a vontade que tenho sentido no meu contato quotidiano com futuros mestrandos de incitar á descoberta desta temática assim como, noutras áreas, a uma avaliação das origens, motivações, razão de ser e consequências do modelo português.

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