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Isto é o 'modus operandis' destas instituições que estão perto dos lobbies governamentais e da educação...o que lhes interessa é o cheque chorudo do projecto e implementar o mínimo dos requisitos, pois a avaliação final destes projectos deixa muito a desejar...veja-se a brilhante plataforma da Mobi.e!

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A mobie.e é uma gota no oceano. E o Siresp? E o Alert?

O Siresp penso que todos sabem o que é, e os milhões sacados por um programa que nunca funcionou como foi pensado. E recentemente os senhores da Altice já vieram dizer que, ou há mais dinheiro (renovação do contrato), ou o suporte ao programa acaba.

O Alert é um programa do ministério da saúde que foi implementado nos hospitais e que nunca funcionou como devia (mais um!). A minha mulher trabalhou durante 10 anos num hospital distrital onde foi implementado esse programa, durante anos de desenvolvimento nunca chegou a funcionar como devia, penso que hoje até já foi descontinuado.

Agora se isto acontecer em todos os ministérios e empresas publicas, os milhões que são sacados por programas que nunca são terminados.

Eu tive um professor de programação que dizia. Nós os programadores nunca damos ideias aos clientes de funções a implementar. Fazemos apenas o que o cliente nos diz, depois de entregarmos o programa eles (os clientes) vão ver que vai faltar esta, ou aquela função e, é ai que vamos ganhar dinheiro.

Agora peguem nesta ideia e vejam a complexidade de programas deste tipo em que cada vez que pedem uma alteração a resposta é: - isso dá para fazer, mas custa X porque não estava no projecto inicial.

Outra coisa que também ensinavam, é que o programador nunca entrega o código fonte do programa, porque embora o cliente tenha direito a ele porque o pagou, ficarmos com o código fonte é tornar o cliente nosso refém. Agora tirem daqui as vossa ilações do que se passa.

Nonnus Escreveu: ↑

27 abr 2021, 13:45

Outra coisa que também ensinavam, é que o programador nunca entrega o código fonte do programa, porque embora o cliente tenha direito a ele porque o pagou, ficarmos com o código fonte é tornar o cliente nosso refém. Agora tirem daqui as vossa ilações do que se passa.

Um professor que ensina isso devia ser preso!!
Que pensamento tão retrógrada...

Nonnus Escreveu: ↑

27 abr 2021, 13:45

A mobie.e é uma gota no oceano. E o Siresp? E o Alert?

Entendo mas discordo. 2 errados não fazem um certo.
A única coisa em comum que se pode subentender daqui é que qualquer projecto pago por dinheiros públicos é para ser um sorvedouro infindável e eternamente inacabado? Bom, se calhar vale continuar a afirmar que mais vale extinguir-se e usarem-se soluções de mercado em vez de tentar reinventar a roda...

Nonnus Escreveu: ↑

27 abr 2021, 13:45

Outra coisa que também ensinavam, é que o programador nunca entrega o código fonte do programa, porque embora o cliente tenha direito a ele porque o pagou, ficarmos com o código fonte é tornar o cliente nosso refém. Agora tirem daqui as vossa ilações do que se passa.

fernandinand Escreveu: ↑

27 abr 2021, 14:25

Um professor que ensina isso devia ser preso!!
Que pensamento tão retrógrada...

O pensamento pode ser retrógado, mas a filosofia não é errada. Tudo depende do que é contratualizado.
Eu sou programador de automação. Os nossos clientes compram soluções de Engenharia funcionais, não compram a inteligência por detrás delas.
Uma empresa de automação procura ter uma base de software estável e escalável (às vezes queríamos nós, parece que cada máquina é sempre um protótipo ), que às vezes implica muitos programas em muitos equipamentos diferentes e que nunca, por nunca ser, sai da esfera da empresa. O cliente compra uma máquina fiável e funcional, nós temos um (longo!) período de garantia de implementação para que haja a certeza que a máquina está conforme, a partir daí o sistema considera-se finalizado. Para o cliente ter acesso ao código fonte normalmente implica NDA's e afins.
E repara, usamos componentes standard de mercado, nada impede que o cliente contrate outras pessoas e use o mesmo hardware para revirar a máquina das avessas. Mas vão fazê-lo usando software próprio, não o nosso.

Cada um poderá achar se é melhor ou pior. Eu acho que é melhor - o que o cliente paga é a solução, não a inteligência. Já fazer disso estratégia para "a teta não secar", parece-me muito errado. A diferença é que o Estado paga sempre, os privados começam a torcer o nariz muito rapidamente.

Peço perdão...esqueci-me de referir que estava a limitar a minha opinião anterior a coisas 'públicas', pagas pelo meu bolso de contribuinte, como é no caso da Mobi.e...

P.S.- Também sou programador e portanto sei bem do que falam, mas fomentar o 'lock in' não é para mim.

BrunoAlves Escreveu: ↑

27 abr 2021, 14:43

Nonnus Escreveu: ↑

27 abr 2021, 13:45

A mobie.e é uma gota no oceano. E o Siresp? E o Alert?

Entendo mas discordo. 2 errados não fazem um certo.

Claro que dois errados não fazem um certo, nem era isso que eu queria dizer. A ideia que eu queria dar é que a mobi.e, é só mais um entre muitos outros de maior dimensão.

BrunoAlves Escreveu: ↑

27 abr 2021, 14:43

A única coisa em comum que se pode subentender daqui é que qualquer projecto pago por dinheiros públicos é para ser um sorvedouro infindável e eternamente inacabado?

Nestes exemplos é a ideia que dá. Olhas para todos eles e a ideia com que ficas é que todos tem uma coisa em comum. Não estão acabados e, nunca funcionaram como foram idealizados.

Coloquei aqui as mensagens off-topic que estavam no tópico da Evio. Se acharem que o assunto do tópico deve ser outro digam.