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Muitas vezes se relaciona os veículos eléctricos como forma de contribuir para um ambiente mais sustentável, e bem, mas infelizmente não chega.
como provocação deixo apenas esta frase: .... se hoje deixássemos de utilizar todos os transportes com motores CI, incluindo barcos e aviões, as emissões de gases estufa continuariam a subir....

quem quiser contribuir para um ambiente mais sustentável, ou seja reduzir significativamente as emissões de gases estufa, poupar no consumo de água potável, evitar a desflorestação e as zonas mortas nos Oceanos, a mudança de paradigma tem que acontecer noutro campo.

quem quiser saber mais pode ir aqui: http://www.cowspiracy.com/
e deixo o documentário aqui: https://mega.nz/#F!b4VynQpZ!mITFG9wZo-9N5o0iY-Ny_w

Já passo dias sem comer animais por razões éticas antes de saber disso mas quando me vêm ainda olham de lado...
Mas no que toca ao transporte o caso é bem mais grave que as alterações climáticas: o principal problema são as emissões de gases e partículas que provocam cancro asma e outras doenças com a agravante de serem emitidas encaixadas nas ruas atingindo concentrações muito altas precisamente junto das pessoas.
Mesmo só com centrais a combustível fóssil colocadas em lugares remotos e VE a circular nos centros populacionais a saúde pública melhoraria bastante.

O assunto "alterações climáticas", quanto a mim, tem vindo a ser pouco considerado. Ainda hoje na TV em relação as inundações em Albufeira se viu a "tacanhez" das respostas da nova ocorrência (em 20 " de chuva).
E nem no passa "culpas" os políticos são inteligentes. As vitimas, tem pouco direito de se reclamar como vitimas, já que elas próprias são contribuintes "empenhados" em estabelecer o estado actual das coisas. As causas estão no nosso dia-a-dia. Nos nossos comportamentos. É preciso dizê-lo sim! Não nos podemos queixar porque as intempéries se vão repetir e aumentar. SOMOS NÓS OS RESPONSÁVEIS

Vejam só este exemplo: https://pt-br.facebook.com/AtiVegPT/pos ... 8121661042
....
SABIA QUE:

Para produzir 1 kg de carne bovina são necessários 7 kg de grãos para a ração animal e 15 000 litros de água. Para a produção de 1 kg de cereal são gastos somente 1300 litros de água......

Eu não pretendo deixar de comer carne. mas já diminui o seu consumo bastante. E se optar-mos por substituir parte da carne por cogumelos, ainda ficamos a ganhar em saúde e na preservação da H2O potável. A área necessária para produzir carne é um absurdo. E as necessidades são tremendas.
Ainda não vi números, mas do que sei do processo produtivo, não chegará a 10 l H2O / 1kg de cogumelos em actividade industrial, onde o controlo de qualidade e de segurança a questão é mais sensivel. É uma diferença brutal. Com mais uma vantagem. É que grande parte dos resíduos da actividade agrícola, são bons constituintes/matéria prima, para a produção de cogumelos.
Tem que haver várias mudanças. A agricultura é um dos maiores consumidores de DIESEL, veja-se o porquê nos números do link citado !

O preço dos cogumelos ainda é elevado. Mas tem baixado e a tendência para a baixa mantém-se claramente. Já vi a menos de 4€ cogumelo ostra, (Pleurotus ostreatus), o que é óptimo!

rdias Escreveu:Tens de ver racing extinction... E o metano que é gerado. Ui....

Claro. As razões são sempre várias e não chegamos a este ponto por um "erro" só. Ainda não vi (não há tempo para tudo) e nem pretendo saber de tudo ao mesmo tempo, mas pretendo continuar a aprender. Obrigado.
Para mim, é conveniente focar-mo-nos num universo restrito de questões. Outros , (noutros contextos e com outra vivência), devem focar-se noutras "razões". Do conjunto pode sair beneficio global se formos capazes de dar sugestões ou influenciar decisões concretas (convém não demorar-mos muito). Aquele é um contexto urbano (mas com interesse internacional diverso) que por isso interessa a muitos mais.
A questão das inundações devia ser usada para explicar àquelas pessoas afectadas, porque é que a partir de agora será sempre a piorar...

Atenção que o metano tem um tempo de vida na atmosfera muito curto, ao contrário do CO2. É muito mais importante cortar no CO2 do que no metano, pois com o metano estamos sempre a tempo.

Sobre a água gasta para a carne, é muito relativo pois se esta água cair do céu no fundo não é gasta, apenas usada. Suponho que nos Açores seja assim.

Agradecia que explicasses o mecanismo pelo qual o metano acidifica os oceanos.

Pois, por esse ponto de vista qualquer molécula contendo carbono pode contribuir para a acidificação dos oceanos, pois pode ser convertida em CO2. Além disso, o metano que sai das vacas tem carbono que já está na biomassa, pelo que de uma maneira ou outra irá sempre acabar em CO2. Que depois será novamente absorvido pelas plantas, fazendo o ciclo do carbono. Ou seja é neutro.

Os clatratos são uma questão completamente diferente. Posso dizer que se os clatratos se derreterem a uma velocidade capaz de gerar alguma acidificação indireta dos oceanos, essa será a menor preocupação que podemos ter. Basta procurar por PETM no Google.

Mantenho o que disse, o CO2 fóssil é muito mais perigoso que o metano das vaquinhas. Temos de nos focar onde está o verdadeiro problema.

A questão é que o aumento do efeito de estufa pelo metano é de curta duração, como já disse. Estamos sempre a tempo e em menos de uma geração o efeito pode ser revertido. No CO2 estamos a aquecer o planeta para os nossos bisnetos! Se daqui a 20 anos os efeitos do AE global começarem a ser devastadores, com o degelo dos glaciares da Gronelandia e da Antártida, parar o CO2 por completo só vai ter efeito várias décadas depois. Enquanto isso os glaciares continuam a derreter e possivelmente, embora remoto, também os clatratos. Ao parar com o metano o efeito no clima seria mais imediato, em menos de 10 anos.

E neste momento o contributo do CO2 é significativamente superior ao do metano. Isto porque as emissões de metano são várias ordens de magnitude abaixo das emissões de CO2. Cada molécula de metano é muito mais potente que uma molécula de CO2, mesmo em 100 anos (devido a efeitos secundários do aquecimento base provocado no curto prazo), mas são emitidas muitas, mas muitas mais moléculas de CO2. Isto significa que temos de nos concentrar onde o efeito é maior, até as escalas de efeitos serem comparáveis. Isto é engenharia climática.

Esses documentários não são a melhor fonte de informação. Servem para alertar, mas tendem a ser sensacionalistas.

Deixo aqui um gráfico da concentração de metano na atmosfera, é esclarecedor que neste momento não é um problema crescente:

[img]http://www.eea.europa.eu/data-and-maps/ ... mage_large[/img]

rdias Escreveu:e aumentar efeito estufa e assim aquecimento do planeta ?
ciclo do Co2 é absorvido por plantas, mas não achas que uma grande quantidade é absorvida pelos oceanos ?
Tudo junto está a fazer mossa.
Mas eu gosto de carne. Como pouca de vaca, mas como carne.

Pela minha ignorância, as coisas funcionam em conjunto. E não se pode olhar para o globo como um sistema aberto onde cada "elemento" age e reage sozinho. Há um "universo" fechado em volta da terra, com todas as consequências que isso implica. A libertação de metano, "acho" que tem vindo a ter cada vez mais importância nos modelos de estudo/análise. É mais um elemento a gerar preocupação.
Mas para mim o busílis nem é volume de metano nas explorações agrícolas, que até podia ser usado para produção de energia, (acho que já há exemplos em exploração na Maia). Pelo que entendo o maior problema está no volume de "desperdícios", na área ocupada, na matéria prima necessária para alimentar os animais e na quantidade "abismal" de água potável necessária. Claro que nas ilhas do atlântico a maior parte (se não a totalidade provem directamente da chuva. Mas as ilhas não satisfazem de modo algum o grosso do consumo. Esse tem origem nas pradarias e planícies continentais. E a quantidade de desflorestação associada a esta industria é um enorme problema. Onde se tem um consumo doutra origem que não a chuva, (para esses industrias) até muito baixo pois é um custo que tentam minimizar. Aí o desequilibro é maior. Os números citados são astronómicos.
Juntando metano e carbono ao actual nível de degelo (ao resultado do aquecimento) já instalado, urge que alteremos alguns hábitos. Por isso é que falei em cogumelos. Não é "peneirice" minha... pois tb sou consumidor de carne e tenho um paladar "aculturado". É necessário economizar o PLANETA quer em H2O, vegetais para alimentar/construir 1Kg de proteínas, mais o combustível fóssil (particularmente DIESEL) que actualmente se usa. Esta é uma das áreas onde a rentabilidade/superioridade dos motores eléctricos tem que ser "obrigatória" . E era fácil de implementar politicamente. Houvesse vontade e conhecimento!

2015 foi para mim um ano muito importante a vários níveis. Estou satisfeito com o que vi, experimentei e consegui. Provei pela primeira vez (58 anos), cogumelos frescos. Fiquei encantado pela qualidade e pelo sabor. Muitos deles até estão já disponíveis. Nós é que fomos educados e ignorá-los e até a destruí-los em ambiente natural. E o seu valor nutritivo é tremendo comparado com os recursos que a produção de carne tem. Falta circular conhecimento/informação. Por isso é que tento passar palavra. Não há comparação possível entre proteína animal e vegetal e/ou fungi
Para as questões climáticas tudo conta e muito, já que podemos até ter ultrapassado o ponto de não retorno. Mas enquanto cá estivermos, convinha retardar o desastre o mais possível.

Eu adoro cogumelos, embora os realmente bons sejam muito caros. Dizem que há insetos muito saborosos e extremamente nutritivos em proteína. Mas não sei se terei capacidade para experimentar...