MAN eTGX

[Nonnus]

Interessante quando ele diz: "Já não sou limitado pela autonomia, mas pelo horário de descanso".

[BrunoAlves]

Mesmo assim depois carregar 600kWh durante a noite, são 12h+ ligado a um PCR como se fosse um VE "normal" ligado a um PCN dos antigos de 3,6kW

[Nonnus]

A bateria maior tem capacidade de 480kWh e pode carregar até 750kW.

Num carregador de 350kW despacha a coisa numa hora e meia se estiver a 0%.

A questão aqui é conseguir gerir a carga com as horas de descanso.

[BrunoAlves]

Eu só vejo isso numa perspectiva de ter o camião a carregar todo o tempo que está parado, sobretudo durante a noite. O camião não pode ser deslocado (pelo menos nas regras atuais) para o tirar do carregador, isso interrompe o tempo de descanso. E se se coloca a discussão se alguém deve ir tirar o carro ao PCN às 3 da manhã, muito mais para alguém que em muitos locais nem teria onde reposicionar o camião.

Essas potências são úteis em cais ou locais do género. Em viagem vejo mais facilmente PCR a ser usados como estamos habituados a ver PCN do que postos desse género.

Seja como for é uma questão de ovo e galinha, se aparecer o camião a estrutura há-de adaptar-se.

[Nonnus]

De acordo com os regulamentos, os condutores não devem conduzir mais do que:

9 horas por dia (período que pode ser alargado para 10 horas duas vezes por semana).
56 horas por semana e 90 horas por quinzena.
De acordo com as regras da UE, os condutores devem:

Gozar períodos de repouso diários e semanais.
Descansar pelo menos 11 horas todos os dias (período que pode ser reduzido para 9 horas de repouso três vezes entre dois períodos de repouso semanais).
Gozar um período de repouso de 45 horas contínuas todas as semanas ou de 24 horas a cada duas semanas. O repouso semanal deve ser gozado após seis dias de trabalho consecutivos.
Ter pelo menos uma pausa de 45 minutos (separável numa pausa de 15 minutos seguida por uma de 30 minutos) após um máximo de 4,5 horas de condução.

Estes 45 minutos bem aproveitados a cada 4H30m eram mais que suficientes a questão é que muitos aproveitam estes tempos mortos quando estão a espera de carga nas empresas e aí não há carregadores.

Em 2017 andar de VE ligeiro em Portugal requeria um estudo prévio onde parar para carregar o carro em viagens maiores. Hoje com baterias maiores e com a disponibilidade de carregadores isso já não acontece. Agora é a questão dos pesados e se existem empresas com a mente aberta para tentar vencer essa barreira para começar a introduzir camiões deste gênero na sua frota, pelo menos para deslocações nacionais.