NOTA DE IMPRENSA
Criação da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos – UVE
Coimbra, 6 de dezembro de 2015
No dia seis de dezembro de dois mil e quinze, na Cervejaria Praxis (Coimbra), realizou-se a escritura pública de constituição da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos.
Esta associação sem fins lucrativos surgiu a partir da necessidade de representar oficialmente e dar voz a uma já significativa comunidade de proprietários, utilizadores e simpatizantes de veículos elétricos (VE’s) em Portugal.
Até à data, existem fóruns digitais sobre o tema, a saber: Nova Energia, NissanLeafPT, E-Fórum, Prius-PT e o grupo do Facebook “Mobilidade Sustentável”. Ao longo de vários anos, muitos têm sido os esforços realizados para divulgar informação recolhida sobre a utilização quotidiana dos VE’s, pois eles existem e já circulam pelo país há vários anos. Na sequência dessa divulgação, estes fóruns têm funcionado como uma amostra representativa da sociedade civil sobre a eficiência dos VE’s (carros, motas e bicicletas elétricas). A pedra de toque tem sido: a realização de encontros de VE’s (locais, regionais e nacionais); a publicação de informação recolhida com base nas vivências de cada utilizador de um VE; o contacto com entidades oficiais – públicas, privadas, empresas, restauração, centros comerciais, autarquias, e fabricantes de veículos e de equipamentos de carregamento de VE´s.
Todavia, o trabalho desenvolvido tem sido feito em nome individual. Notou-se, mês após mês, que a passagem da mensagem da mobilidade elétrica seria mais profícua se fosse levada pela voz de uma associação, com personalidade jurídica e representativa da comunidade dos utilizadores de VE´s. Assim sendo, nos últimos meses do ano em curso, um grupo de cidadãos, entusiastas da mobilidade elétrica, reuniu condições para registar um nome, um logótipo, criar um portal, elaborar estatutos, e finalmente realizar a escritura pública da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos – UVE.
A partir do dia seis de dezembro de dois mil e quinze, a UVE existe. Nos estatutos aprovados, pode ler-se que a UVE apresenta-se como “(…) uma associação composta por utilizadores e entusiastas de veículos elétricos, quer sejam cem por cento elétricos ou híbridos plug-in, e tem por objetivo impulsionar a mobilidade elétrica através da divulgação dos veículos elétricos à venda em Portugal, das inovações apresentadas pelo mercado, da realização de encontros, conferências e ações de formação sobre a mobilidade elétrica nos seus diferentes âmbitos: os veículos, a sua condução, as baterias e os sistemas de carregamento, e ainda, a promoção e divulgação da infraestrutura de carregamento público e privado e de uma política de incentivos públicos.”
As suas principais atividades são: “Promover o diálogo com empresas e entidades públicas do setor dos veículos elétricos; Sensibilizar o maior número de autarquias e de organismos públicos da necessidade de criar e ampliar a infraestrutura pública de carga normal, semirrápida e rápida; Apoiar a promoção, o assessoramento e atuar como plataforma informativa na implantação do veículo elétrico por parte das empresas públicas e privadas; e, criar e manter atualizado o portal da associação –
www.uve.pt”, atualmente em construção.
As tarefas que a UVE tem pela frente são enormes mas extremamente motivadoras, e chegam no timing perfeito para o desenvolvimento da mobilidade elétrica. Novo governo, legislação já aprovada e que carece de implementação, corredores de estações de carregamento a ligar França a Portugal, novos modelos de veículos a serem lançados com mais autonomia, aumento das emissões de gases nocivos e poluentes, alterações climáticas e restrições ao tráfego automóvel nas grandes cidades.
Para terminar, ficam apenas algumas informações de cariz técnico e económico. As pessoas que participaram neste encontro deslocaram-se até Coimbra em automóveis 100% elétricos, automóveis plug-in, e mota e bicicleta elétricas. A maioria utilizou as estações de carga rápida (PCR´s) instaladas na A1 em Aveiras e Pombal.
No caso dos carros puramente elétricos, o custo por cada 100 km percorridos ronda os 2,5€. No caso da mota e bicicleta, o custo desce para os 0,70€ e 0,20€ por cada 100km percorridos, respetivamente. Estes valores poderiam ser ainda mais reduzidos caso se fizesse uso de uma tarifa bi-horária. No total estiveram reunidos 14 VE’s nas instalações da Praxis, e todos os VE´s foram carregados em vulgares tomadas.
Estiveram presentes associados fundadores de Guimarães, Felgueiras, Porto, Aveiro, Coimbra, Benavente, Sintra, Lisboa, Sesimbra e Évora.
É isto a mobilidade elétrica: elevada eficiência energética associada à ausência ou baixas emissões locais de partículas, tudo isso envolto em baixo custo de utilização.
Existem na sociedade os faladores e os fazedores (the talkers and the doers), sempre estivemos do lado dos fazedores, e, mais uma vez, em comunidade, damos a prioridade ao fazer, fazer acontecer.
A comissão Instaladora da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos
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