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https://eco.sapo.pt/2020/08/03/galp-que ... -de-euros/

E agora? Afinal terá interesse manter a porta Chademo, que neste momento é a única com homologação para estes sistemas?

Notícia 'rainbow'...se fosse assim como eles pintam, daqui a 4 anos metia o carro em cima de tijolos a carregar solar e a vender energia nos picos...

Então mas espera lá! Se para vender energia a rede (para um mundo mais sustentável), não era melhor pagarem a quem tem painéis solares?

Esta-me a escapar qualquer coisa. Os carros não produzem energia, acumulam energia, já um painel solar...

Nonnus Escreveu: ↑

04 ago 2020, 14:35

Então mas espera lá! Se para vender energia a rede (para um mundo mais sustentável), não era melhor pagarem a quem tem painéis solares?

Esta-me a escapar qualquer coisa. Os carros não produzem energia, acumulam energia, já um painel solar...

O que te está a escapar é o seguinte:

Imagina que tens um painel solar com com capacidade para produzir 200W e estás a ver televisão num aparelho que consome 100W.
Se o céu estiver limpo há 100W que não estás a utilizar que podem carregar uma bateria. Se passar uma nuvem o painel passa a produzir 50W e agora se não tiveres energia acumulada numa bateria para suplementar os 50W em falta, acontece um apagão.

É a mesma razão que leva a que se instalem autoclismos nas sanitas: não tens caudal que chegue nos tubos normais, tens que acumular num depósito para poder depois descarregar tudo de uma vez com um caudal muito maior.

Eu percebi a tua a explicação, mas daqui a algum tempo voltamos a falar sobre este projecto. A explicação dada não faz qualquer sentido, é puro marketing.

Se querem mesmo contribuir para um mundo melhor paguem a quem tem painéis solares e produz em excesso (porque não o fazem?), não só ajudavam os que já tem e que até podiam pensar em aumentar a sua produção, como ia fazer com que os que não tem, instalassem. A ideia não é usar a energia nas horas de maior consumo? Então é a essas horas que os painéis também produzem mais, ou estou a ver mal a coisa?

Pois, existe um problema se fizerem isto, entramos em concorrência directa com as grandes produtoras de energia solar dos quais eles são accionistas, e isso não dá jeito nenhum. Deixar de vender e ainda pagar!

O carro carrega a noite e vendes de dia. Vendo!? De dia é quando uso o carro, vou arriscar a ficar sem bateria para uma eventualidade para vender energia nas horas de maior consumo. A não ser que vamos todos comprar carros com baterias de 100kWh.

Esta noticia no seguimento desta (viewtopic.php?f=75&t=7456#p135145) e como já foi explicado faz sentido no papel, na pratica deixa muito a desejar.

Eu mesmo com um carro de 24kwh, estou 3 ou 4 dias por semana com a bateria carregada. Não é muito, mas vender 50 ou 70kwh por semana, daria pelo menos para amortizar a conta mensal e em termos de investimento até pode ser mais interessante do que instalar painéis para auto - consumo!

Nas horas de maior consumo (7h - 21h) tens o carro onde? Em casa?

O meu por exemplo é durante esse período que esta fora de casa.

Estes projetos servem para promover a capacidade instalada de renováveis, armazenando o seu excesso durante os períodos de baixo consumo e dinamizando o investimento em mais destas fontes. Principalmente nas ilhas onde não existem barragens reversíveis e algumas eólicas têm que ser desligadas durante a noite.

Muita atenção aos ciclos da bateria, podemos estar a encurtar o tempo de vida útil do pack para menos de metade. Como vai funcionar a garantia do fabricante? No limite pode estar esgotada em 2, 3 ou 4 anos com menos de 60% da sua capacidade e lá se vai a mobilidade do carro.

fernandinand Escreveu: ↑

03 ago 2020, 15:04

Notícia 'rainbow'...se fosse assim como eles pintam, daqui a 4 anos metia o carro em cima de tijolos a carregar solar e a vender energia nos picos...

Para quê? O preço do kWh nos picos não é assim tão diferente das outras horas do dia como alguns possam imaginar. O que influencia mais o preço que pagamento é a tarifa de acesso às redes, que durante o dia é muito maior do que à noite. Quem vende o excesso de autoconsumo em instalações com registo bem vê que o que lhe pagam é para aí 90% do preço do kWh no mercado ibérico, a rondar os 4 cêntimos. Tarifas de acesso às redes e seus custos de interesse económico geral não são pagos aos produtores, e não vejo nenhuma razão para que isso aconteça se alguma vez se vender energia das baterias dos carros.
Querem mesmo ciclar baterias dos vossos carros por estes preços?