O Hyôiô entretanto fez duas viagens ao Algarve, uma para sotavento algarvio, em que foi a primeira viagem ao Algarve sem recorrer à rede pública. Foi tudo feito recorrendo aos carregadores do Continente, o PCR em Beja para o caminho e o de Vila Real de Santo António para a estadia. O regresso é sempre mais apertado devido ao vento contra e não sair a 100% do PCR. Por isso liguei o carro num PCN do Continente de Beja até aos 100% e vim com CC a 110km/h. Cheguei com 18% logo bastava-me ter saído de lá com os 94% a que o carro pára de carregar em PCR.
Para o Barlavento usei a rota do Sudoeste Alentejano, com um carga no LIDL de Vila Nova de Santo André e carga no alojamento.
Neste semana é que fiz uma viagem maior, indo pela primeira vez a Trás-os-Montes, mais especificamente Torre de Moncorvo. O plano inicial era fazer uma carga no PCR do nó da A1/A23 e depois dar mais um cheirinho no PCR de Alvaiázere, na A13. Mas estes planos acabaram por sair furados, pois apesar de o PCR ter estado em utilização 30minutos antes, quando lá cheguei estava lá uma carrinha das obras e tinham acabado de desligar a eletricidade para fazer uma intervenção ali perto. Sem outro remédio, prossegui para Alvaiázere mais devagar (100km/h), pois da minha ida a Penela já sei que a A13 não é para os fracos.
No entanto cheguei mesmo a ter range anxiety e diminuir a velocidade para 85km/h nos últimos kms pois até à AS é subida após subida, e como nunca tinha usado o posto não sabia bem o que esperar do percurso. Cheguei ao PCR com 11% (consumo 14kWh/100km) e felizmente carregou sem qualquer problema (disseram-me à posteriori que aquele posto é temperamental). Saí com 84% rumo a Viseu, utilizando a estada nacional que vai junto ao Mondego e engatando depois no IP3. Cheguei ao Continente de Viseu com 18% e uma média de 13.5kWh/100. Deixei o carro no PCR enquanto fui fazer compras. Infelizmente o posto pregou-me uma partida pois pelos vistos não deixa carregar acima de 80%. Logo não só não atingi a % de carga que pretendia como acabei por pagar minutos sem carregar, pois tinha feito as contas para mais uns minutos.
Não me sentia seguro a abalar para Torre de Moncorvo com aquela carga, já que não conhecia o percurso e havia vários montes pelo caminho, mais o vento de Norte, e sem mais PCRs funcionais de permeio. Logo ou podia ficar no PCN pelo menos outra meia hora ou então ir a outro PCR. Optei pela 2ª opção, pois em Viseu existe outro posto de uma rede privada, a Evio. Cheguei à Moviflor/Armazéns Reis, onde existe 1 PCR a 0,144€/min + IVA e mais 2 PCNs. Fiquei agradavelmente surpreendido pois está inserido num parque de estacionamento quase todo coberto por painéis fotovoltaicos.
Saí de lá com 92% e segui até Torre de Moncorvo, tendo chegado com cerca de 18% de bateria, logo ter saído com 80% teria sido muito à pele, sobretudo porque em modo tartaruga a potência fica muito limitada e para chegar ao alojamento tive de subir um caminho rural bem inclinado pelo monte acima. Entre os passeios que dei lá fui ver o Douro, indo ao Penedo Durão do lado Português e Salto de Saucelle do lado Espanhol
Aproveitei para ir passear de barco a Miranda do Douro, mas cuja ida e volta punha-me um pouco no limite da autonomia, sobretudo porque tinha hora marcada não podia ir a pastelar. Para além disso ainda queria ver o ponto mais oriental de Portugal, a Penha das Torres. O PCN de Miranda está off, e existem alguns PCNs em terras vizinhas, nomeadamente Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta ou Vimioso. E embora seja sem dúvida positivo que finalmente hajam PCNs no interior do país, todos os PCNs instalados são de 22kW, com tarifários ao minuto a condizer. Por outras palavras, um carro como o meu ia pagar 0,60€/kWh, para além de perder mais tempo na carga.
Então adotei outra estratégia. Depois de ir à Penha das Torres saí de Portugal e fui carregar num PCR da Iberdrola em Trabazos. 0,30€/kWh, um curto descanso e voltei a entrar em Portugal pela fronteira de Quintanilha e regressei a Torre de Moncorvo.
Não há dúvida que até nos abastecimentos elétricos estamos como nos de gasolina - vai-se a Espanha abastecer.
Tive de regressar mais cedo a Lisboa, e a viagem para baixo foi bem mais fácil. Como já sabia a manha do Continente, fui direto ao PCR da Evio (até fica mais perto da A25), onde carreguei até 94%, tendo feito um consumo de 12.3kWh/100km. Depois de Viseu fui até Leiria pelo IP3 e A1, carregando no LIDL até 84% (consumo de 12.5kW/100km). De Leiria a Lisboa fui pela A8, pondo o cruise control a 115km/h, já que estavam uns ventos laterais jeitosos. Cheguei a casa com um consumo de 12.7kWh/100km e 11% de carga.